quarta-feira, 12 de outubro de 2011

RELAÇÃO CUSTO x BENEFÍCIO


Cada vez mais frequente no vernáculo do vinho a bendita relação de custo x benefício é o objetivo principal daqueles iniciantes na arte de apreciar um bom vinho, ou, para aqueles cuja limitação orçamentária os distancia de rótulos ditos mais sofisticados e caros.
Importante distinguir aqui dois aspectos dessa relação de custo benefício: 1) Quando o vinho de qualidade estimada elevada é ofertado para venda por um preço igual ou inferior ao de outros com um referencial de qualidade mais baixo.; 2) Quando um vinho de preço "tabelado" está sendo oferecido em "oferta". - É comum em casas do ramo o vendedor nos oferecer a "barbada" de um vinho de R$ 150,00 sendo oferecido por módicos R$ 90,00, concluindo seu marketing de venda como sendo de "excelente relação de custo/benefício". Nesse caso ficamos desconfiados, pois o benefício tem que estar atrelado necessariamente à qualidade e essa nem sempre anda junto com o preço.
         Qualidade em termos de vinho está relacionada a dois aspectos fundamentais: A capacidade de percepção do provador e a quantidade de prazer proporcionado ao paladar. Assim, para um paladar menos apurado o critério de qualidade poderá estar em um exemplar chileno "reservado", daqueles disponíveis nos supermercados e acessível para a grande maioria de nós. Desconfie de promoções em casas especializadas com rótulos que você não conhece. Procure sempre verificar a pontuação aplicada para aquele vinho e naquela safra, sempre se preocupando em saber qual instituição conferiu aquela pontuação, sendo as mais frequentemente utilizadas a Wine Spectator (WS) e Robert Parker (RP). Embora nos dois exemplos citados a escala de pontução vá de 0 a 100, na prática, a grande maioria dos vinhos recebem pontuações entre 80 e 90, com os referenciais de "qualidade" para aqueles com pontuação acima de 90 pontos.
         Para quem já ousa investir R$ 80,00, ou mais, em uma garrafa de vinho, sugerimos sempre chegar na casa especializada ou mesmo no hipermercado com seu livrinho de bolso com as pontuações aferidas, além de, uma lista de sugestões de amigos apreciadores que estejam no mesmo nível de sensibilidade gustativa que você - assim fica mais fácil encontrar um bom vinho com um bom preço.
        Esperamos abrir caminho para comentários e discussões que permitam aos amigos leitores desmistificar alguns dogmas referentes a esta questão tão polêmica entre os apreciadores dessa bebida maravilhosa.

2 comentários:

  1. Oi pessoal.
    Uma grande dúvida que sempre tive é exatamente se o preço determina a qualidade. Já ví que vocês avaliaram vinhos com nota 7 que têm preços muito diferentes. Afinal, alto preço implica em qualidade?
    Glenda Jantsky

    ResponderExcluir
  2. Boa Tarde Glenda!
    Obrigado por deixar um comentário. Quanto à sua pergunta: A nota 7 diz que o vinho é bom, ou seja, oferecerá um bouquet elaborado e um paladar que agradará a quem já está acostumado com aquele tipo de uva. Evetualmente, teremos vinhos de custo mais elevado, ao qual se esperaria uma nota maior e ele recebe 7 por ser "apenas" bom, onde talvez a nota esperada fosse 8... O preço determina um ponto de corte, onde dificilmente encontraremos um vinho que custe mais de R$ 80,00 e receba nota inferior a 7. Por outro lado, vinhos mais baratos podem surpreender com uma nota 6 ou 7, nesses casos, fazendo uma ótima opção de compra.

    ResponderExcluir